Concurso GW2 ~ Virginity Guardian, The ; por Soriuuz



Hoje começaremos a série de postagens com os concorrentes do Concurso Cultural Guild Wars 2, com as postagens de todos os participantes, de acordo com a data de inscrição.

Você pode ajudar a escolher o vencedor, basta ir direto para a publicação original e utilizar a opção "curtir" no fórum Khiwi.


Eram exatamente 03:35 da manhã, todos haviam saído, com exceção de minha tia, que continuava deitada, desmaiada no sofá de dois lugares, onde cabia perfeitamente por ser muito pequena. Poderia até dizer que eu era parente de um Hobbit. A madrugada estava fria, mas, como qualquer outro menino sem vida em férias, lá estava eu, esparramado na cadeira esperando o computador ligar.
Meus olhos brilhavam com a grande velocidade da internet, que durante todo o dia era insuportável, pois era dividida com basicamente o bairro inteiro. Era uma oportunidade de ouro para jogar Shaiya, o tal jogo culpado por tantas notas baixas e infinitos castigos , que eram violados constantemente por minhas habilidades sorrateiras, depois esmagadas pela caixa de som no máximo. Enfim, voltando àquela noite irrelevantemente fria, lá estava eu, com raiva de saber que meus pais e irmãos estavam num rodízio de pizza e eu tive que ficar com minha tia, que antes prometera que ia ficar acordada vendo filmes comigo, e agora encontra-se babando no braço do sofá. Tudo isso é ofuscado pela felicidade de poder, mais uma vez, jogar o PvP de Shaiya.
O personagem bem equipado caminha entre campos de batalha de um mapa enorme, com três altares, onde dois eram regionais e um era localizado no meio do mapa. Meu grande guardião, equipado com a mais forte armadura do nível, um machado do tamanho da minha casa e um escudo de madeira com enorme defesa lentamente se direcionava ao altar regional da raça "dark", que normalmente era a dominante e agora estava oprimida no mísero cantinho, perto do portal da cidade da raça. A única trégua que tínhamos ali eram os NPC's guardas que evitavam os "lights" de avançarem para a cidade, o que era proibido.
Dezenas de oráculos e guerreiros com cabelos longos e aparência feminina cercavam o caminho, tudo o que tínhamos eram alguns arqueiros e dois guardiões, dentre eles, eu. Aquela era a hora, o suor escorria por minha testa, o chat era bombardeado por jogadores convocando nossos não-tão-bravos-naquela-hora guerreiros negros. Enfim todos os jogadores com nível 15 que estavam ativos na hora foram batalhar e, quase que na mesma hora, como se fosse real, a Deusa do game nos abençoara, aumentando todos os nossos stats. Podia-se ouvir o som de centenas de jogadores correndo em direção aos invertidos guerreiros brancos, pouco a pouco corpos capotavam pelo chão, os altares eram demolidos e enfim o campo de batalha era conquistado novamente, a justiça prevaleceu. Apesar de ser guardião, minha contagem de assassinatos aumentou e ganhei gratificantes 3 pontos ao lado do nome. Fechei o jogo, calcei meu chinelo e fui, em direção ao banheiro, orgulhoso por ter mais uma vez honrado minha virgindade intacta. O relógio marcava 7 horas da manhã, minha tia já havia ido embora e meus pais repousavam na cama, lamento não ter falado com eles, talvez amanhã eu vá comprar pão para compensar..

Fim.

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